Diario de Bordo: CHARLOTTE AMALIE / ST THOMAS

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CHARLOTTE AMALIE / ST THOMAS

Esta ancoragem é definitivamente PÉSSIMA!!!

ROLA DIA E NOITE SEM PARAR!!! HAJA PACIENCIA! Tivemos que esperar 2 dias o tempo melhorar... tempestades de raios e muita chuva por causa de uma TROPICAL WAVE que passou por aqui...

Depois disso, conseguimos zarpar com segurança com um sol lindo no céu!

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"TO THOSE THAT TRAVEL THE PATHS THAT CROSS. DESTINY IS THE GIFT FOR THOSE THAT DARE TO DREAM".

PQ DESTE BLOG?

COMO TUDO COMEÇOU?

Andy é gaúcha, metade carioca. Morou no Rio durante 8 anos. Seu pai, Glério Passos, foi um grande velejador da década de 80, ganhando muitas regatas de grande renome no sul do Brasil com seu barco “Ressaca”. Cresceu num clube náutico chamado Veleiros do Sul em Porto Alegre tendo um barco sempre como referência e o sonho de morar a bordo nasceu desde a infância. Geraldo, se apaixonou pela vela desde cedo. Aos 28 anos comprou seu primeiro barco onde aos poucos foi desenhando o sonho de viver a bordo, que se realizou 8 anos mais tarde. Qdo se encontraram, além de toda a afinidade, tinham os mesmos objetivos e o mesmo sonho: conhecer o mundo. O MAIS INCRÍVEL É QUE ESTAVAM PREPARADOS PRA REALIZAR JUNTOS.

PQ O NOME BALEEIRO?

Nossos encontros com as baleias em seu habitat natural e vontade imensa de estar em todos os lugares que elas se encontram é tão intenso e mágico que decidimos batizar nosso barco de "BALEEIRO", (lê-se Balieiro) que ao contrário destas antigas embarcações baleeiras(na maioria das vezes com a popa redonda) que perseguiam e arpoavam estes animais fantásticos e cheio de energia, vamos encontrá-las apenas para admirá-las com nossos olhos e corações.

QUEREMOS DEIXAR UM ALERTA A FUTURAS GERAÇÕES QUE A MATANÇA CONTINUA E QUE DEPENDE DE CADA UM DE NÓS QUE ESTE QUADRO MUDE JÁ!

"[...] existe uma diferença entre viagens e aventuras. Surfar nas ondas do Drake, atravessar o Atlântico ou subir o Solimões não eram aventuras. Mesmo cair na serra da Quebra-Cangalha e passar o dia no mato abrindo caminho com canivete preto não teria sido uma aventura, porque eu tinha, antes de mais nada, uma bússola e um lugar para ir. Um rumo e um destino fazem a diferença em qualquer situação."
KLINK, Amir. Paratii: entre dois pólos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
© 2007 Cortinove

DEPOIMENTOS

Li e gostei... bilhões de pessoas vivem no planeta mas neste momento, admiro e invejo só duas... vocês. Já os incluí nos favoritos e espero poder seguir vcs por todo o globo.
Parabéns e bons ventos, Marcio
(rogerio140591@hotmail.com )

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Olá Andrea e Geraldo, tudo bem?Quer dizer que vcs estão trabalhando mais um pouco? Sorte das pessoas que fizerem este passeio com vcs! O nosso foi realmente inesquecível! O lugar é o máximo e a tripulação tb!Voltamos e por causa da correria de SP só consegui ver o blog de vcs agora. Adorei! Mt legal! Adorei ver o resumo da nossas férias aí! E com explicações dos lugares e tudo, hein? Valeu!Agora aompanharemos as viagens de vcs!
Grande beijo e sorte
"titia" Milene
(milene@icb.usp.br)

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Oi Andy e Galdo,
Curti muito o blog de vocês. Tive a impressão de que vocês são muito pilhados e de bem com a vida. Que bom.
(...)
Quando vierem a P. Alegre, quero conhecer vocês.
Abraço,
Danilo
(http://www.popa.com.br/)

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(...)
Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar a vcs por terem escolhido uma forma de viver tão peculiar e tão bonita!Espero um dia ter a mesma coragem e oportunidade para largar as amarras tambem!Estou acompanhando de agora em diante suas aventuras atravês de seu blog, que por sinal está muito bom, parabêns!Desejo a vocês bons ventos e mar de almirante por toda viagem.
Abraços, Adaucto Mello
(gordocutter_1@yahoo.com.br)

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Inicialmente quero parabenizar a Andy
e o Galdo pela coragem de irem em busca dos seus sonhos.(...)
Um grande abraço e bons ventos
Luiz Portela
(portela@tmed.com.br)

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Meu amigo, meus sinceros parabéns pelo modo como em poucas palavras conseguiste desmistificar MUITO. Penso muito parecido a vc, em poucos anos com certeza absoluta eu sairei ao mundo também, só preciso finalizar o encaminhamento de meu filho na vida, e depois é pé na estrada! (ou casco na água, como queira!)...
Um abraço! Leandro
(atp_leandrocosta@yahoo.com.br)

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Olá Andy e Galdo,
O alma está muito legal, parabéns.
Vcs me deixam com água na boca afinal é uma viagem dos sonhos.
Sempre que possível nos mantenham informados pois será muito legal pegar uma carona nessa aventura...rs
Uma bela e tranqüila viagem para vcs, bons ventos e sucesso.
Abraços, Mauro Sergio
(msgsouza.rj@gmail.com)

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Prezados Andy e Galdo; Parabéns pela opção de vida inteligente que fizeram. Gostei muito de seu veleiro Alma; trata-se de um clássico inglês de primeira linha. (...) já possuo um Clássico também aqui em POA (o Irish Rose- Campernicholson 35) , o qual viajei pela costa desde o Rio até esta latitude fria durante meio -ano.
PS Andy; acompanhei toda construção do Ressaca asim como tb velejei no mesmo qdo era do Paulo de Léo antes de ser vendido p teu pai.Um barcão que planava a 12nós! Hoje prefiro a calma , o peso e tranquilidade de um long keel. Parabéns uma vez mais; seu exemplo e experiência de vida certamente os levarão a um"up grade" muito impar.
Começo a torcer pelos dois.
Vinicius Amaral
(bapetit@terra.com.br)

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Andy

(...) Parabéns pela vida q estão levando (invejo-os no bom sentido... rsrsrs). Eu a minha esposa estamos construíndo um MC28 do Roberto Barros (Cabinho) no RJ e alimento diariamento o meu sonho de ir a Polinésia Francesa (entre tantos outros lugares q desejo conhecer é claro). A minha labuta como construtor dura 5 anos, problemas diversos acontecem para testar a minha força de vontade... e sempre digo: "envergo mais não quebro"... (...) No ano q vem com certeza ele estará flutuando e "tragam-me o horizonte" pois é nele que eu quero estar.
Boa sorte e aproveitem o máximo, pois a nossa passagem pela "Terra" é muito curta p perdermos tempo com bobagens...
BV sempre. Roney Moraes
(roneymoraes@yahoo.com.br)

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PARA RIR UM POUCO

A mangueira do dreno do cockpit encostou no eixo do motor e arrebentou. Muita água estava entrando pra dentro do barco. O Galdo, tentando solucionar o problema, pedia algo no formato cilíndrico enquanto tapava com a mão a mangueira pra estancar a água salgada. Andy andava pra cima e pra baixo procurando algo mas tudo que achava era grande ou pequeno demais. Este foi o susto ! Agora vem a parte engraçada: No auge do desespero, no meio do mar, Andy abriu o armário do banheiro e viu um creme da Lâncome que era o tamanho ideal pra solucionar o problema.
Sacrificá-lo ou não sacrificá-lo?
Sacrificá-lo ou não sacrificá-lo?
Sacrificá-lo ou não sacrificá-lo?
O que estava em jogo era mais do que o barco, era a vida de “Patricinha” da Andy indo por ralo abaixo!
20 minutos depois, com o Creme da Lâncome atochado na mangueira, deram boas gargalhadas!

PQ MORAR NUM BARCO?

Ambos estávamos muito decepcionados com a vida na cidade grande, qto a criminalidade e qualidade de vida. Não somente por isso, mas romper com a rotina do cotidiano que a sociedade moderna impõe a todos que nela se educam. Desde pequenos nos é ensinado que o certo é crescer, fazer faculdade, trabalhar de segunda a sexta, casar na igreja, um mês de férias, conta bancaria, filhos na escola etc... Viver desta forma não é loucura, é apenas ter optado por viver de uma forma diferente. Qualquer um pode ter esta opção sem violentar a sua moral e sem perder a sua segurança. A sociedade nos coloca uma fobia a que nos parece que se sairmos do modelo básico e fora das suas fronteiras estaremos desprotegidos, o que na nossa opinião é só um paradigma a ser quebrado. Quem está mais seguro? Nós ancorados numa ilha tropical, onde a violência praticamente não existe ou outrem atravessando as ruas do centro de uma metrópole com todos os seus perigos inerentes? A solução para os que optaram por ficar nas grandes cidades acaba sendo somente se trancar nos condomínios, escritórios e carros blindados. Sem perceber, acabam perdendo esta tal segurança que estávamos falando anteriormente e consequentemente a liberdade.

COMO É O DIA A DIA A BORDO?

Difícil de contar, pq NÃO EXISTE ROTINA. Um dia é diferente do outro, já que estamos sempre em movimento. Se estamos navegando, lemos, conversamos e pouco se faz além de dirigir o barco; qdo se está no meio do mar, fica muito mais difícil cozinhar, arrumar o barco e até ir ao banheiro. Se estamos ancorados, vai depender se estamos trabalhando ou curtindo uma nova ancoragem. Para nós que trabalhamos em “charters”, passamos a semana na tarefa de entreter os convidados. É trabalho duro, das 6.30 hs ás 22 hs mas para nós é um prazer, nos parece mais como se estivéssemos recebendo amigos na própria casa. Qdo não estamos trabalhando, de 3 a 5 meses ao ano, nosso dia a dia é como o de qualquer um, acordar cedo, arrumar o barco, escrever no blog, cozinhar, consertar alguma coisa no barco, comprar alguma coisa no market em terra, abastecer o barco de água e diesel, fazer a “laundry”, qdo dá tempo fazemos alguma trilha, andamos de bicicleta que temos a bordo, encontramos amigos e infelizmente uma vez ao ano nos dedicamos exclusivamente a manutenção árdua que um veleiro exige.
Nossa percepção de aproveitamento do tempo é muito diferente de quem vive nas cidades. Nos parece que enchemos o tempo com muito mais acontecimentos... Por exemplo: em um só ano pode se ter vivido na Venezuela, Antilhas, Açores e Espanha. Vivido mesmo, não somente fazendo turismo, imerso na sociedade como um todo, com nossa residência que é móvel. Tudo em um só ano! Qdo vamos ao Brasil visitar a família uma vez ao ano durante um mês, o que vemos é que neste mesmo ano em que tanta coisa aconteceu conosco, uma mesma pessoa não tem nada pra contar além de alguns fim de semanas de feriado na praia com muito trânsito, 11 meses de trabalho estressante e muitas noitadas em bares e restaurantes. O que aprendemos com este estilo de vida é que é impossível fazer planos a longo prazo, já que estamos sempre em movimento. Tudo muda a todo instante e rápido demais. Temos que ser flexíveis e acompanhar estas mudanças.

TRABALHO?

O Geraldo é Skipper ou seja, é Capitão, responsável por dirigir o barco. Andy a Cheff, responsável pelo Menu a bordo. Optamos por trabalhar num esquema “free lancer”, pois assim vamos de ilha em ilha com nossa casa e nos dá a sensação de estarmos sempre cruzeirando, apesar de estarmos trabalhando. Um mês em Antigua, um mês nas Ilhas Virgens outro mês nas Granadinas e assim por diante. Trabalhamos pra empresas de charters, como um time, sempre juntos! Por aqui é NORMAL famílias ou amigos irem passar uma semana em um barco no Caribe. Nós temos uma semana pra fazer as férias destas pessoas, serem inesquecíveis, então o menu é preparado com muita cautela, tem que ficar tudo lindo, todas as refeições são gourmet... Levamos eles pra mergulhar, velejar, esquiar...
Outra coisa que fazemos é “deliverys” de barcos. Levamos barcos de uma ilha pra outra, isso é muito comum por aqui. No Caribe é muito fácil arrumar emprego nesta área além de ser muito bem remunerado.

FAMÍLIA?

Ainda não tivemos filhos, mas se um dia vier a tê-los, sem dúvida alguma queremos criá-los a bordo. A experiência que temos de ver muitos amigos cruzeirando com filhos, é que a relação é muito mais próxima. Os pais que tem filhos pequenos acabam permanecendo mais tempo nas escalas, dando oportunidade das crianças aproveitarem o convívio escolar e contato com diversas culturas . Adolescentes fazem mais sentido estudo por correspondência de alta qualidade, como o da Cauvert School. Existem muitas oportunidade para o jovem crescer profissionalmente. Adolescentes de 17 anos assumem cargos de responsabilidade no mercado náutico super desenvolvido e em crescimento. Neste momento a indústria de ”charters” absorve 100% das ofertas de mão de obra. Há 20 anos atrás na época que a Família Schurmann viajou, a industria náutica internacional não estava em pleno vapor. Hoje é quase uma consequência direta que os filhos venham a seguir carreira neste ramo. Pra se ter uma idéia o salário médio inicial de um Deck Hand(ajudante de convés) ou Stewardess(ajudante de cabine) fica entre U$ 2.500 e U$ 6.000 por mês. O de um Cheff ou First Mate(primeiro imediato) pode chegar a U$ 8.000 por mês, dependendo do barco. Já um Skipper(capitão) de mega iate( barcos acima de 100 pés) fica em torno de U$ 10.000 por mês.
Acreditamos muito que ter uma vida a bordo, falar pelo menos três línguas fluentes, entender de céu e mar, viajar o mundo todo, interagir com seu pai e sua mãe o tempo inteiro próximo de vc, ter golfinhos e tartarugas de estimação, é muito mais didático que viver enjaulado em qualquer metrópole.

MENSAGEM PARA OS QUE PENSAM EM SE AVENTURAR PELO MUNDO A BORDO DE UM VELEIRO

Nenhum navegador precisa ser um expedicionário. Não precisa ser super herói, nem de patrocínio. Na verdade somos pessoas NORMAIS. Aqui se tem mais facilidade e rapidez de se encontrar o seu caminho do que os que ficam em terra esperando dinheiro que pode nunca chegar. É claro que existem algumas barreiras econômicas parar se transpor. Mas ao contrário do que a maioria pensa, um barco pra se dar a volta ao mundo não precisa custar mais que custa um carro popular no Brasil. O “Alma”, veleiro que Geraldo viajou nos primeiros 4 anos, custou menos que R$ 40.000, todo equipado, com geladeira, radar, gerador de vento, painel solar, motor a diesel, SSB, EPIRB etc...
Tem um provérbio que sempre falamos:
SEJA SIMPLES, SEJA HUMILDE E PARTA LOGO!
Nossa vida é muito simples, sem muitos luxos, mas mais abundante como um todo. Tem tempo de sobra pra nos curtir e realizar tudo o que sonhamos um dia!
Nós somos eternamente gratos por “TERMOS CRIADO A OPORTUNIDADE” de poder viver nossos sonhos HOJE, não esperando que o amanha chegue, pois ele pode nunca chegar. Não somos vagabundos do mar, não somos expedicionários.
“- SOMOS GENTE COMUM DESCOBRINDO O MUNDO E COMO OS CARACÓIS, LEVAMOS A NOSSA CASA NAS COSTAS...!”

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CHARLOTTE AMALIE / ST THOMAS

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